Romildo Freitas Araújo, um nome que ressoa em Maceió, Alagoas, como um dos grandes defensores do forró, partiu deste mundo aos 91 anos. Sua paixão pelo rádio e pelo ritmo contagiante do forró moldou sua vida de maneira indelével, deixando um legado que ecoará por gerações.
Nascido em João Pessoa, Paraíba, Romildo escolheu Maceió como lar, dedicando cinco décadas ao rádio local e à promoção incansável do forró. Sua influência foi profunda, inspirada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com quem teve uma amizade marcante. A Associação dos Forrozeiros de Alagoas descreveu Romildo como “um grande divulgador do forró, sempre dedicado a promover a cultura e a música que tanto amava”.
Em 1961, Romildo ingressou na Rádio Difusora de Alagoas como locutor, marcando o início de uma carreira brilhante no rádio. Dois anos depois, encontrou seu lar na Rádio Gazeta de Alagoas, onde seu carisma e paixão pela música nordestina encantaram os ouvintes. Paralelamente, Romildo também abraçou a carreira na Polícia Civil de Alagoas, equilibrando com maestria suas duas paixões: a segurança pública e a divulgação cultural.
Com sua esposa Terezinha Nunes, Romildo teve três filhos, cada um trilhando seu caminho no mundo da comunicação e da música, seguindo os passos do pai visionário. Sua partida deixa uma lacuna não apenas na família, mas também na comunidade policial e radiofônica de Alagoas, que reconhece nele um ícone que transcendeu as fronteiras do entretenimento.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas expressou profundo pesar pela perda de Romildo, destacando sua dedicação à segurança pública e à valorização da cultura regional. Enquanto os detalhes sobre seu sepultamento ainda são aguardados, a lembrança de Romildo permanece viva nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e desfrutar de sua companhia.
Romildo Freitas Araújo não será lembrado apenas como um radialista talentoso ou como um defensor incansável do forró, mas como um ser humano cujo legado transcende o tempo. Sua voz, suas histórias e seu amor pela música nordestina permanecerão como um testemunho vivo de sua dedicação e paixão. Que sua partida seja um lembrete de que, mesmo diante da finitude da vida, as marcas que deixamos no mundo nunca se apagam completamente. Que o som do forró continue a ecoar, em homenagem a um dos seus mais fervorosos admiradores, Romildo Freitas.
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